Agora eu sou uma pessoa que faz academia, continuo não gostando, mas adoro correr, então, vou fazer o que é preciso pra garantir o que eu gosto. Estou só começando e como eu sou caxias em tudo o que faço, acho que tô indo bem. Já levanto 50 kgs com as pernas (tudo bem que parece que o trem vai me esmagar, mas não esmaga), já tô melhorzinha com o braço que nunca levantou nada mais pesado que a canecona de chopp do Outback (rs)… mas tem lá um bendito exercício que acaba comigo e eu só consigo fazer com dois pesos de 2 kgs cada. E toda santa vez que a porcaria do meu braço começa a tremer com míseros dois quilos fico com uma vergonha sem fim…mas as coisas são assim mesmo, e seja na academia ou na vida é preciso que fortaleçamos os músculos para suportar cargas maiores.
Eu venho de uma longa caminhada de completa dedicação a me conhecer melhor. Durante muito tempo eu fiz cursos, executei técnicas e tudo parecia um monte de peças de um quebra cabeças que não fazia o menor sentido. Um dia, do nada, uma coach que eu seguia sugeriu uma palestra da Ariana Schlösser, fiz um curso com ela e isso mudou a minha vida de um jeito que nem sei explicar. Tudo começou a fazer sentido e ela me ajudou a botar ordem nas peças desse grande quebra cabeça e tive um salto na qualidade de paz comigo mesma que eu nem achava que seria possível. É claro que a caminhada continuou e continua, vieram outros cursos, mais e mais aprendizados e, recentemente, experimentei um longo período de TÁ TUDO BEM…MESMO! Isso é uma novidade sem precedentes pra mim. Tava tudo indo super bem, na terapia colecionei “estrelinhas” de bom desempenho (kkkk), e achei que eu tinha achado o caminho. Até que um dia, nem sei bem o motivo, comecei a dar defeito de novo e eu que estava craque em diagnosticar o gatilho do defeito fiquei sem entender nada. De lá pra cá o defeito aumentou e muito e comecei a me cobrar (o que aliás é minha especialidade). Se eu sei o caminho pro meu centro, o que está me impedindo de voltar a ele? Porque tenho sido incapaz de escolher de novo, escolher amor, escolher milagre e o que tem me feito caminhar a passos largos no caminho do medo? E de repente, a mesma vergonha do pesinho de dois quilos que acaba comigo na academia eu senti de mim e da minha recaída. Não gosto mais dessa versão tão suscetível ao que o outro diz, ao que o outro faz, ao que o outro acha…tudo fora, fora, fora…e ta aí o grande engano. Sei que existe em mim uma versão melhor que sabe que cada um faz o melhor que pode com os recursos pessoais que tem naquele momento. Que sabe que as coisas não são como a gente quer por um motivo maior e melhor que na hora é difícil de compreender. Que sabe que o Universo conspira a favor sempre e que quando a gente fica viajando entre passado e futuro a gente perde o único momento que de fato interessa, o presente. Eu sei um bocado de coisas que não sabia antes e sei de cor, mas tem dia que não é o suficiente. Eu também sei que milagres acontecem quando a gente vai a luta e por isso ontem a noite retomei minhas práticas, hoje já ouvi uma palestra da Flávia Melissa, orações da Ariana e essas duas têm o dom de apascentar o meu coração e eu volto a acreditar que eu estou sendo guiada e confio no processo.
Eu não sei se tá tudo bem mesmo na sua vida e você tá merecendo estrelinha na terapia ou seja lá onde for. Não sei se você tá felizaço mesmo com tudo fora do lugar, ou se você tá tendo uma recaída e duvidando de você, da vida, da sorte, de tudo…Eu não sei…não sei nada dessas coisas e nem de um monte de outras coisas, mas eu sei, por experiência própria, que não importam as recaídas, nunca mais, vejam bem, NUNCA MAIS, a gente volta a ser exatamente quem éramos no começo da caminhada. E que maravilha isso! Por mais que a gente até se arrependa de ter entrado nessa enrascada do auto conhecimento (sim, uma enrascada, porque é muito mais fácil viver acomodado, acreditem) esse é um caminho que não tem volta e nem recaídas absolutas. O que tem é a gente dando ouvidos ao ego, é a gente dando importância a quem não merece tanta energia gasta assim, é a gente criando expectativas que certamente se converterão em frustração em breve, é a gente decepcionada porque não vai ver o velho mais lindo do planeta que é o Jon Bon Jovi, é a gente tentando impedir, a todo custo, que a vida flua do jeito que deve ser e não do jeito que a gente acha que deve ser. E como isso nos custa. Custa o custo mais elevado…nossa paz!
Bom, não sei muito como terminar esse texto…acho que a parte escritora tá dando defeito também. Termino então com um trecho de uma oração da Ari que eu adoro e me traz pra esse lugar de escuta e de paz ciência que deve ser nossa morada na maior parte do tempo possível. Um lugar de entrega, confiança, infinitas possibilidades e milagres: “…eu entrego agora tudo o que não faz mais parte do meu eu milagroso e invoco a minha maior versão. Eu estou disposta a aceitar. Eu me permito ser guiada, eu me permito escutar e seguir a voz da chama viva que existe acesa dentro de mim. Eu me permito escutar e seguir o meu Eu superior. Eu me permito seguir em segurança o caminho do amor. Eu estou sendo guiada e eu confio no processo. Eu me permito receber milagres agora. Que assim seja e assim é.”
Que assim seja e será!!! Lindo, verdadeiro, profundo e um grande ensinamento!
Que assim seja!
Não importa perder o foco , o impostante e sempre encontrar o seu caminho nas suas diversas versões