.:Bacanices.:

Dei defeito!

Dei defeito! E além de virar a “Maria Del Bairro” e fazer da minha vida um verdadeiro dramalhão mexicano, eu parei de escrever. Por isso a ausência do Bacanices na linha do tempo de vocês. Embora eu tivesse vontade de escrever, me faltava essa coisa visceral que é tão característica minha que me faz sempre escrever apaixonadamente. Aí entre escrever um textinho mixuruco (o que seria um desrespeito a vocês, a mim e ao Bacanices) preferi ficar na minha até dar vontade escrever de novo…e hoje deu…espero que saia um trem bão pra compensar a ausência. Aí! Já pintou a mãe de todos os problemas: a expectativa. E no meu caso, sempre vem em versão piorada porque sou muito extremada então a expectativa é sempre fabulosa ou catastrófica e aí é claro que a chance de dar defeito se eleva a décima potência (Sou de humanas então não faço ideia do que é essa coisa elevada à décima potência…imagino que seja foda pra caraleooo…e aqui é só uma figura de linguagem).

Pois bem, tudo ia bem, eu estava conseguindo equilibrar vários pratos girando no ar ao mesmo tempo e tava me achando foda (até escrevi sobre isso). Bendita hora em que fui escrever esse texto e despertar a ira do Murphy que veio com tudo. E o engraçado é que tudo começou a degringolar com um presente, mal sabia eu que era meio de grego. Dali pra frente derrubei todos os pratos e sem chance de restauração e me vi em uma situação muito semelhante que aconteceu há 4 anos. Nessa ocasião perdi o chão, o rumo, a casa, a alegria, os projetos futuros, voltei pra Poços e achei que nunca mais ia ficar bem de novo. E nessa hora, me coloquei de castigo no pior lugar que eu acho que alguém pode ocupar: no posto de vítima. E dá-lhe mimimi existencial! Lamentavelmente, quando a gente se coloca nesse lugar e se comporta dessa maneira, ficamos completamente tapados. Eu fiquei (e ainda estou um pouco, sendo bem sincera). É que nós aprendemos a olhar pra vida de uma forma tão limitada e tão equivocada que dá dó da gente. Sabe aquela dó doída mesmo, cheia de vontade pegar no colo, beijar a testa e consolar? Bem dessa! Aprendemos que na vida tudo tem saída, mas só uma saída que a gente insiste em fantasiar e, via de regra, nem é a melhor saída. Fazendo isso nos fechamos para o maior milagre do universo: as infinitas possibilidades. Como pode não nos darmos conta disso? Como pode não aprendermos isso desde o berço? Como pode tanta gente passar toda a sua existência sem se tocar disso? Como pode? Mas, infelizmente, pode e é o que acontece na maior parte do tempo. Primeiro, não aprendemos a confiar que existe uma lógica maior que coordena tudo para o nosso maior bem. O que ferra acreditar nisso é que vivemos tão apegados às nossas certezas do que seria bom ou não pra nós que nem conseguimos levantar um pouquinhos os olhos e vislumbrar um novo horizonte onde tudo é possível, onde existem centenas, milhares, milhões, infinitas possibilidades para todas as situações. Possibilidades lindas que nem em sonho conseguimos imaginar. Segundo, sabe-se lá por qual motivo, somos comandado pelo medo ao invés de sermos comandados pelo encantamento do novo. De novo, é de sentir dó. Mas a boa notícia é que ainda dá tempo de escolher de novo, ainda dá tempo de fazer curso, ainda dá tempo de ter fé, ainda dá tempo de se encantar, ainda dá tempo de desenvolver esse novo olhar , ainda dá tempo de vivermos sem dó!

Acreditar nas infinitas possibilidades é se dar uma chance, é dar uma chance à vida e quer coisa melhor do que novas chances? Precisamos nos olhar de frente e reconhecer que somos limitados, que temos medos, que vez ou outra nos perdemos no caminho, que precisamos pedir ajuda e que isso não é nenhuma vergonha, que damos defeito e que tá tudo bem dar defeito e que dar murro em ponta de faca machuca mais do que a gente pode supor.

Hoje a noite, daqui a pouco, vou ao cinema com minhas amigas assistir Mulher Maravilha. Na minha visão limitada, isso é tudo o que vamos fazer: assistir a um filme. Mas pra honrar esse texto vou me abrir às infinitas possibilidades de acontecer um monte de coisas nesse nosso programa, inclusive nada e seja lá o que vier, será bem vindo!

2 comentários em “Dei defeito!”

  1. Essa Valerinha!!!
    Além das quatro paredes, onde estão registradas todas as suas vivências, existe uma porta que irá conduzi-la ao “Palácio das Possibilidades”. Bora lá, menina astuta! Vença o medo, a ansiedade, a inquietude e reescreva a sua vida! Você pode, é capaz…e ainda dá tempo!!!!!
    Namastê!

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