.:Bacanices.:

E o que você fez?

Hoje, logo pela manhã, recebi essa imagem, duplamente aterrorizante: a foto da Simone (meda!) e a fatídica afirmação/ pergunta: Faltam 80 dias para o Natal…E o que você fez? Primeira reação: cantar a porcaria da música que gruda na cabeça e certamente vai passar o dia comigo. Segunda reação: pânico! Já me veio à cabeça a imagem do meu criado mudo com uma pilha de livros que eu jurei que ia ler esse ano e adivinha? Acho que só a moça que limpa meu apto que teve contato com eles tirando-os do lugar pra tirar o pó. Só que ao invés de sofrer, escolhi pensar nas coisas que eu fiz e que nem estavam na lista. Por exemplo, começo minha semana, segunda 7 da manhã, fazendo Pilates e levando uma surra do meu corpo. Eu sou ultra competitiva e, certamente, a lição que tem escondida aqui é aprender a pegar leve comigo, a aceitar minhas limitações e reconhecer que apesar e acima disso, tô lá firme sentindo dor, fazendo caretas que eu nem imaginava fazer, mas sem desistir. Não sei quem teve essa ideia de jerico de fazermos uma lista na virada do ano. Talvez tenha sido na melhor das intenções, mas acho que no meio da caminho distorcemos essa boa intenção e acabou virando uma lista de cobrança e de fracasso. E quem em sã consciência quer uma lista de cobrança e de fracasso? Eu não! Imagino que você também não e por isso te convido a ter um novo olhar sobre sua velha lista da virada do ano. Pra começar, que tal dar uma olhada nela amorosamente. Foco no amorosamente! E ao invés de lamentar tudo o que deixamos sem realizar, que tal completar com as bacanices que o ano nos reservou? Coisas, situações, pessoas, atitudes que a gente nem sonhava que chegariam até nós e que , pode apostar, são muito mais importantes e significativos do que o que deixamos de fazer. Tenho pra mim que se fosse um real desejo do nosso coração, não teríamos abandonado essa lista. Sem querer me gabar (mentira! Tô super me gabando!), consigo olhar pra minha lista e ticar um bocado de coisa. Forando os livros que eu deveria mesmo ter lido, caramba! como eu fiz melhores escolhas esse ano e como estive comprometida com o que tem mais importância e valor: essa que vos escreve. Eu acho que a gente nem devia esperar o ano novo chegar pra fazer uma nova lista. Na verdade, acho que nem deveria ter lista, podíamos todos, hoje, tirar um tempinho e vibrar a vida que desejamos ter e nos comprometermos a fazer o que precisa ser feito para que isso aconteça. Porque na verdade, esse é o único compromisso que realmente importa, o que nós celebramos conosco mesmo. E não se esqueça de incluir nesse auto contrato, espaço pras infinitas possibilidades, para o improvável, para o surpreendente! Coisas que nossa mente limitada e medrosa não consegue aceitar que podem acontecer, mas podem e devem! Acho que devíamos confiar mais na vida e menos em listas, a não ser que em cada item tenha todo o seu coração e que seja possível chegar ao final de 2018 e amorosamente (sempre amorosamente!) olhar pra ela e achar que tudo bem o que não deu pra realizar e vibrar por tudo o que nos surpreendeu. E quando a intrometida da Simone te perguntar o que você fez, responda, orgulhosamente, fiz o melhor que pude. Agora se isso não for verdade, pode ficar vermelho  porque não tem lógica desperdiçarmos um ano inteiro sem fazer o nosso melhor, sem fazer novas escolhas, sem buscar sermos nossa melhor versão, sem dizer não para o que nos diminui, sem nos honrarmos. Isso sim é imperdoável! Infinitamente mais imperdoável do que não ter cumprido nada (ou quase nada) dessa lista boba que fazemos por fazer só porque faz parte da tradição. Que neste ano iniciemos uma nova tradição: SERMOS FELIZES! Quem tá comigo? 

1 comentário em “E o que você fez?”

  1. Adorooooo. E tô contigo. Aliás, quer saber uma coisa? Eu já não faço lista faz um tempão, e também não tendo responder a Simone faz uma cara (canto sim toda vez, mecanicamente). Eu dou uma planejada de cabeça, e olhe lá, faço isso muito mais do que no fim ou início do ano, porque assim no decorrer de cada ano eu faço o que posso e fica mais fácil esquecer o que não for possível, sem a maldita lista para me cobrar. Deixo pra lá e esqueço o que não era para ser daquilo que eu planejava de início conforme as coisas acontecem e vou realizando o que posso, remanejando o que ainda não deu mais que ainda pode ser para o próximo ano, e vamos que vamos porque a gente pode até ter os planos da gente, mas se temos fé sabemos que Deus tem uns infinitamente maiores e melhores que a gente não consegue mensurar e listar e estes se cumprindo é o que mais vale.

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