Sabe aquele ponto da vida em que tudo está bem, mas falta alguma coisa? É a vibe da semana pra mim. Eu que vivo pregando o exercício da gratidão, tô com a esperança esmorecida e até coisas que me pareciam vividamente possíveis, em algum momento futuro, voltaram à categoria das impossibilidades. E como essa categoria cresceu nos últimos dias! Tem faltado sol e sobrado chuva e anda nublado, talvez fosse até aceitável dizer que estou desenergizada solarmente (se é que isso existe), mas é mais do que isso, não é o céu, é a alma. Tenho mantido, religiosamente, minhas práticas e até acordado mais cedo para que nenhuma fique fora do início do dia. Estou com saúde, o trabalho tá fluindo, viajei, voltei, fui pra casa, comi comida de mãe (minha e emprestada), estou correndo, zumbando, pilateando e o tornozelo tem chiado pouco perto do que já doeu e até me conformei que essa dor vai me acompanhar por um longo período, quinta vai ter jantar terapia em casa e vou cozinhar pra quem eu gosto, já pensei no cardápio, já fiz as compras, ganhei presentes, tem doce de leite…tá tudo bem, mas não está! E agora fiquei meio metida a besta achando que super me conheço e consigo identificar os gatilhos de todos os defeitos que aparecem. Desta vez não! Tem uma tristeza vagando em mim e sua viagem tem deixado rastros que me baixaram a energia e me desanimaram um bocado. Juro que estou buscando um novo olhar, tentando identificar qual a lição escondida por trás disso, mas até agora, nenhuma pista. Alguém se arrisca? Gosto do olhar de algumas pessoas na minha vida, mas nem vontade de compartilhar ando tendo, até porque, como explicar isso…tá tudo bem, mesmo, mas não está nada bom e além de não estar bom, está começando a ficar ruim. Segunda, depois de muito apanhar na aula de Pilates, brinquei que queria era chorar. Talvez não fosse tão brincadeira assim, não é? Talvez seja só o transbordamento de pequenas contrariedades que desconsiderei nesse período todo em que está tudo bem. Talvez não, sei lá. Ou quem sabe o Caio Fernando Abreu está com a razão e eu só precise mesmo é de férias, um porre e um novo amor. Sei lá! O que tem para hoje é isso, um homérico sei lá, o que acaba sendo bom, o não saber é uma ótima oportunidade pra aprender. Ou não, sei lá! Engraçado algumas coisas né?