É certo que vez ou outra a vida grita, em alto e bom tom, TRUCO! Ali, bem na nossa cara. E a nós cabe arregar ou gritar SEIS de volta e jogar o zap na mesa. Recentemente, tive o prazer de ver duas amigas queridas se agigantarem. Passaram por experiências duríssimas, devastadoras, mas tiveram valentia o suficiente pra se reconstruírem. Sabe aquela obra da vida que pode até demorar, mas quando fica pronta é impossível não sentir um baita orgulho? Orgulho! Eu senti delas, mas o mais importante, sei que elas estão se permitindo sentir isso sobre elas mesmas. E só quem já foi devastado sabe o que é sentir auto orgulho, de novo ou até mesmo pela primeira vez. Porque sim! Passamos tanto tempo achando um monte de coisa sobre nós mesmos, nos julgando que até esquecemos de olhar pra nós e ver como somos dignos, inúmeras vezes, daquele olhar afetuoso transbordando orgulho. Que pena que é tão raro acharmos que valemos a pena. E aí, tá criado o cenário perfeito pra outras pessoas se acharem no direito de não nos darem valor, mas como censurá-los se somos os primeiros a nos desmerecer, não é mesmo? Adoro uma frase que diz algo parecido com isso: “Quando você se amar verdadeiramente, ninguém que chegar até você ousará fazer menos do que isso.” Ah! E como é a maior bacanice ver essas duas amigas se amando tão verdadeiramente. Ah! E como é uma bacanice ainda maior saber tudo o que foi preciso enfrentar pra chegar até aqui desse jeito tão inspirador e VALENTE. Sim! Valente com letras garrafais, em justa homenagem a quem atravessou desertos áridos e mesmo não encontrando um oásis, resolveu ser seu próprio oásis. É gente assim que me inspira. É gente assim que quero ser quando crescer. Aliás, crescer, mas crescer mesmo, é isso, desse jeitinho. E porquê mesmo que eu to escrevendo isso? Porque a gente nunca sabe quando seremos nós que estaremos sendo desafiados pela vida. Porque pode ser que hoje você que me lê pode estar se achando a última das criaturas, ou como eu, pode estar tendo um dia meio sei lá e achando que até começou, antecipadamente, seu inferno astral. E talvez, saber que gente como a gente enfrenta os perrengues todos e decide, dia após dia, que vai sair dessa e vai sair melhorado possa fazer toda a diferença. E esse texto também serve pra que não reste dúvidas a essas amigas o quão inspiradoras são e porque existe gente assim, gente que do pior faz nascer o melhor, que insisto em dizer que o mundo é bão e que sou sortuda além da conta por compartilhar minha jornada com gente assim. Gente foda!