.:Bacanices.:

2018: Papai Noel morreu!

Todo ano, já tem um tempo, quando entra dezembro, eu e algumas amigas começamos a tirar sarro do ano que está chegando ao fim. Tudo vira motivo para rirmos, especialmente os momentos em que estivemos mais lascadas. Essa virou uma divertida tradição que nem sempre faz jus ao ano que, às vezes, foi até bem bom. Mas não me parece o caso de 2018. Ô ano! Estava pensando no que escrever nessa bacanice e me lembrei de um episódio do Sítio do Pica Pau Amarelo no qual o ano velho estava arrancando todas as folhas do dia 1º de janeiro, na tentativa de impedir a chegada do novo ano. Imagina só ficarmos presos em 2018? É claro que foi mais um ano com perdas e ganhos, com coisas boas, coisas não tão boas e coisas péssimas, mas na contabilidade geral, pelo menos nas minhas contas, o saldo é negativo. Eu estava concedendo o benefício da dúvida pra 2018, tem lá aqueles posts dizendo que até o final de dezembro tem muita coisa boa pra acontecer, mas, qualquer esperança que eu pudesse ter quanto a esse ano se foram com a notícia mais triste e irônica desse dezembro: Papai Noel morreu! Como dar crédito a um ano que leva o Papai Noel tradicional da cidade em pleno dezembro? Imagino que deva ter uma lição por trás disso. Aliás, imagino que tenha uma lição por trás desse ano de tantas perdas tão doídas, mas ainda não estou conseguindo captar a mensagem. Se alguém tiver alguma sugestão, fique a vontade para compartilhar. Quem sabe a resposta nos traga uma esperança de dias melhores, não para 2019, mas para esse finzinho de ano. Sincronicamente, recebi um e-mail da Paula Abreu hoje (Paula Abreu é uma coach super foda das galáxias que sigo e vez ou outra diz a coisa certa na hora certa) com o título: “Não entregue as pontas.” Justo hoje! Talvez todas essas perdas, esses finais, essas tristezas queiram nos alertar pro óbvio, para o quão rara é a vida. Pode também querer nos falar sobre o imprevisível, sobre como temos que seguir em frente, sobre como a vida pode nos surpreender de um dia para o outro, sei lá! Eu só sei que o Papai Noel morreu e talvez tenha sido um golpe duro demais pra minha fraca esperança que tentava resistir aos últimos dias de 2018 sem entregar as pontas. Desculpa Paula Abreu, hoje, entreguei um pouco as pontas, liguei pra minha mãe e chorei um bocado, e disse que queria largar tudo e ir embora pra nunca mais voltar, disse que queria a Vó Ana, queria que a vida desse uma facilitadinha pra variar…Depois respirei fundo, troquei o fim pelo cenas dos próximos capítulos, combinei a vinda dela pra cá na próxima semana, fiz fisio, passei na Catedral e pedi forças, cheguei na Ballaio e tinha um Alpino na minha mesa com o seguinte bilhete: “Pra curar estar dor só Deus e chocolate. Deus você já tem! Aqui vai a minha ajuda.” E aí fiquei pensando que mesmo que tenhamos perdas doídas, mesmo que o Papai Noel morra, a vida é especialista em nos dar novos motivos para não entregarmos as pontas e encerro a bacanice de hoje com esse pedido, pra mim, pra você, pra todos nós: Que não entreguemos as pontas! Até o final de dezembro, tem muita coisa boa pra acontecer e se não acontecer, que tenhamos a grande sorte de ter Deus e Alpino…e amigos que podem não ser o Papai Noel, mas são os melhores “duendes”!

1 comentário em “2018: Papai Noel morreu!”

  1. Ai que bacana tudo isso! Não, mentira, não é tão bacana, porque foram tantas perdas, mal dá para falar sobre elas ainda, a vó Ana, o pai da Andreia, o Papai Noel e a minha Mel (me perdoe comparar, mas só eu sei o quanto sinto ainda essa partida e é como se fosse um membro da família, dos mais importantes). Então não podemos dizer que é tão bacana, para ser mesmo bacana só se tivesse direito de visita no céu. E falando de sintonia, se eu contar que meu filho hoje dividiu a barra de Alpino que ganhou do tio dele comigo e com uma outra amiga que veio correndo aqui no final da tarde desabafar umas dores e me dar um apoio que passei um sufoco a tarde, vc acredita? É Só Deus e chocolate e amigos e pessoas que falam com e para o coração da gente. Obrigado pela mensagem que arranca do fundo das suas dores a ESPERANÇA de nos pequenos detalhes seguir confiante.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima