Dia desses li uma dessas frases que dizem tudo e falava sobre ser segunda opção. Bobiei e não salvei a frase e nem guardei na memória, mas fiquei com isso na cabeça. Algumas pessoas têm esse comportamento, procuram a gente só quando estão largados na vida. Perdeu o namorado ou namorada, lembram que existimos. Perdeu o emprego, lembram que existimos. Parece que só somos opção na derrota deles. Antes eu achava que era ser uma boa amiga acolher essa pessoa que, coitada, estava lascada. Hoje, mando é se lascar mais… Na verdade não mando, mas bem penso e tenho exercitado anular esse lado “Madre Tereza de Calcutá”. Quem nos quer como segunda opção, não nos quer e não merece ser querido por nós. E isso vale para todas as nossas relações. Não, ao contrário do que fomos catequizados, isso não é ser egoísta,muito pelo contrário. Egoísta é quem liga pra gente só quando está sozinho. Pode prestar atenção como os convites para almoçar ou só tomar um açaí ficam escassos e até somem na proporção em que a outra pessoa começa a engatar um relacionamento. Ainda acho meio triste e se é alguém que gosto então, acho mais triste ainda e me sinto preterida. Só que antes eu achava que tudo bem, mas aprendi que não tem nada bem nessas situações. Eu sou excelente parceira nas derrotas, mas hoje sou assim só pra quem também é meu parceiro nas derrotas e mais ainda nas alegrias. Hoje mesmo estava comentando com umas amigas quantas vezes sentamos na sala aqui de casa e choramos juntas, solidariamente. E eu nem preciso me esforçar para relembrar situações em que essas mesmas pessoas sentaram comigo para celebrar grandes conquistas e também as conquistas bem bobas. Hoje, me dou ao direito de ser taxativa: na minha vida só é bem vindo e convidado a ficar quem me tem como primeira opção. Segunda opção nem é opção!