Sabendo que a expectativa é a mãe da merda, comecei o ano super zen na maior onda do “não vamos criar expectativas, deixe 2019 nos surpreender, o que tiver que ser será…” Toda essa baboseira. Não fiz lista de metas, não fiz simpatias da virada, não fiz barganha com Deus, nada…estava suuuuper de boa, na paz. Mas na minha cabeça: “Agora vai! Esse é o ano! Vamos arrebentar a boca do balão! Vamos ficar rico! Vamos fazer compra em NY! Vamos correr em Dubai! Vamos conhecer o príncipe encantado de olho azul e corpão do Lucifer! Vaaaamoooos!”
O resultado desse primeiro semestre? Eita atrás de eita! Muito provavelmente, está sendo o pior ano da minha vida desde 2013 que foi o pior ever (isso não é um desafio Universo, deixa 2013 ganhar de pior, ok?) Mas também, como podia dar certo se comecei mentindo pra mim mesma que não sou, nunca fui e jamais serei essa versão zen que abre mão do suposto controle para deixar tudo por conta da vida?
Em alguns dias começa o segundo semestre e começa com meu inferno astral, afinal, Murphy comanda o meu Universo. E quer saber? Vou criar expectativa, vou criar muita expectativa e que se dane o bom senso. Se for pra quebrar a cara que seja com expectativas elevadíssimas! Vou esperar que o segundo semestre compense tudo de ruim do primeiro, vou esperar ganhar todos os tênis que não ganhei e não comprei, vou esperar fazer todas as viagens que não fiz, vou esperar muitos encontros com o mar, vou esperar trabalhar pouco e ganhar muito, vou esperar…vou esperar… E te vira 2º semestre! E vê se não deturpa o conceito de “Me surpreenda!” é surpreender para o bem e não na avacalhação!
Que venha Julho, como um mês de redenção e se não for, que nós, ainda que aos trancos e barrancos e sem chamar Maria, possamos honrar essa “estranha (e bendita) mania de ter fé na vida”!