Siiim! Eu sou a louca que dirige, canta e dança! Sempre carreguei uma super coleção de cds no carro. Tinha dia que queria acordava nostálgica, mas animada e a escolha era sempre certeira: Erasure ou Tear For Fears! Outros dias estava com saudades da Legião e podia escolher porque tenho todos. A coisa começou a ficar chata com essa coisa de MP3 que eu aderi…aí tenho vários cds com a mesma trilha, só em ordem diferente. Ano passado troquei de carro e pra minha tristeza, não em cd player, só essa modernidade de pen drive e entrada para celular e ipod, essas modernidades. Eu que sempre fui moderninha e “high-tech” ando mesmo é com muita saudade dos meus cds. Hoje, por exemplo, estava doida pra cantar berrado: “Oh l’amour, broke my heart, now I’m aching for you…Mon amour…” Mas tem isso no meu pen drive? Claro que não! E se tivesse teria que ficar caçando…no cd é tudo mais simples. O que me restou foi ouvir pela milionésima vez a “Vem andar comigo” do Jota e a seleção do Melim que de tanto ouvir já estou tomando birra.
Quem teve essa ideia de tirar a nossa escolha de como queremos ouvir nossas músicas? Aliás, que mundo é esse que vive tentando tirar nosso poder de escolha? E o pior: caímos nessa pegadinha sempre. Escolhem por nós o que não queríamos e aceitamos, nos acostumamos, não reclamamos, não mudamos. Aposto que se olharmos para a nossa vida, vamos ver isso nitidamente. Com a desculpa de simplificar, estamos é complicando e limitando tudo. Já já vem uma nova onda retrô e vão lançar cd players para o carro com cara de coisa antiga e preço quase que do carro.
Sabe, eu não queria nada demais…só meu cd player de volta e o direito de escolher minha trilha da vida como bem entendesse. Será que é pedir demais?