Não sei pra vocês, mas pra mim essa foi uma semana pesadíssima. Não tenho tido a menor vontade de escrever, mas sempre que isso acontece é que a escrita se faz mais necessária. Tá tudo ruim, coisas dando errado, a humanidade dando errado e isso traz aquela sensação devastadora de fim, de nunca mais, de não tem mais jeito. Eu tô sentindo tudo isso enquanto escrevo, e por isso escrevo.
Hoje, escrevo pra vocês o que precisava ler: “é só uma fase (horrorosa, longa e triste), mas vai passar.” Sempre passa e nesse momento o que importa é o que fica, o que ficará. Como você quer entrar pra essa história?
Eu entendo os isentões (mentira!) a história é cheia deles. Mas que tipo de história vamos contar como sobreviventes? Como testemunhas desse tempo antes inimaginável? Sim, é hora de tomar posição e isso não tem a ver com política (ou até tem), mas como isso virou uma desculpinha bem esfarrapada, digamos que isso tem a ver com o que resta de humanidade em você.
Ficar rogando a Deus é um caminho, cômodo. Mas é agora que você vai decidir se vai sentar numa cadeira de balanço mais à frente e sentir seu coração se despedaçar, mas olhar com orgulho ou vai ser o personagem de uma vergonha que jamais passará?
Duro ouvir isso né? Mas certamente será mais duro nunca pensar nisso.
É uma fase e vai passar, as más fases sempre passam. Demoram, deixam marcas…Quais as marcas que a história está deixando em você? Quais as marcas que você está deixando na história? Um dia alguém vai contar esse período nos livros, porque sim, os livros resistirão, assim como a verdade.
Tomara que tenhamos orgulho do capítulo que nos caberá!
É isso, hoje meras divagações de quem está tão nublada quanto o dia. Mas que segue sendo solar e acreditando na luz e na força do bem que é milhões de vezes mais forte que a do mal, só está adormecida, mas vai acordar. Talvez só falte você! “E você de que lado está?”