Eu adoro ir, mas o que eu gosto mesmo é de voltar. Troco fácil o desconhecido pelo bom e velho conhecido. Gosto do pertencer, do encaixar, do ajustar, do caber, do abraçar, de achegar e voltar…Dia desses fui ali, uma voltinha pra logo mais voltar, fui na fé na confiança de que meu lugar ali estaria a me esperar…fui ali, pra voltar sem muita aresta pra não complicar e tão logo na chegada já me acoplar e seguir a vida num só pulsar. Fui ali e voltei ponteaguda, implicada com o destino que fez mais uma das suas e num estranhamento do não mais caber na vida azeitada há uns dias deixada. O que era meu não mais parecia meu, parecia mais que se perdeu buscando longe de mim outra sintonia. Voltei incomodada, descabida, mudada com saudade do que não foi e nem há de ser… Voltei desacorçoada, desarvorada e intimidada com a alma desassossegada buscando algo além de mim, um meio sem fim, um jeito novo de seguir enfim. Voltei tão longe de mim querendo amar sem fim um mar enfim ah mar em mim…voltei e não vim, fiquei por ai a vagar num sim num talvez sem fim…voltei e não vim, sigo sem rumo e sem prumo assim, ai de mim! Voltei, mas não vim!