.:Bacanices.:

Nossa pouca fé.

Eu gosto demais de uma frase que diz que fé e medo são, basicamente, o mesmo princípio: acreditar no que não se vê. Mas sejamos sinceros, é infinitamente mais fácil acreditar no medo. E o medo é de expansão ultra rápida. Ao abrirmos a menor brecha, ele logo invade tudo e toma conta e aciona o cérebro para criar as maiores paranóias. A essa altura, nossa fé que já é pouca se vê esmagada pelo medo e, estamos tão absortos nas nossa dinâmica de temer o que virá que nem nos lembramos de resgatar a pobre fé. Eu, ao longo dos anos, tenho alimentado mais minha fé e tenho esperança que ela vingue e seja, ao menos, similar ao grão de mostarda. O problema é que, acho que, enquanto alimento a fé com produtos orgânicos, tudo muito light e saudável, dou um suplemento vitaminado para o medo e aí, fica difícil competir. Aliás, é a mais injusta disputa. Há um mês, talvez um pouco mais, acordei com uma dor fora do normal bem no osso do tornozelo. O mesmo que tive uma fissura tempos atrás e, embora tenha passado o dia tentando exercitar a fé, confesso que o medo massacrou minha pouca fé e, sofri que só tendo como certo que teria que parar de correr por, pelo menos, 2 meses, usar bota imobilizadora (até trouxe a minha de Poços), só faltou já começar a usar. Chorei pela injustiça de ficar fora de duas provas que já estava inscrita e queria muito ir. Aproveitei e chorei também por tudo o que não estava bom e nem cogitei outra possibilidade. O fato é que, 1 mês depois, no tempo certinho, voltei a treinar, veio a primeira prova com “apenas” 6k pra ir pegando o ritmo de novo, terei mais uma semana de treino até a prova que eu mais queria, que são os 10k de Igaratá e tudo não passou de um susto e de uma tendinite que está sendo tratada intensivamente. Hoje foi um dia lindo, de grande alegria, com prova concluída e sem dor. Foi mais um, dentre tantos lembretes, que temos alguém que cuida e tem o Seu tempo certo, perfeito para tudo, até pra permitir uma boa desculpa pra chorar várias dores que ficaram guardadas e não permitir que toda dedicação se transformasse em frustração. Talvez a melhor forma de agradecer seja dando biotônico fontoura pra fé e deixando o medo em jejum intermitente. E fica aqui, como uma prece, o desejo que minha pouca fé perca o pouca e vire mesmo só fé. E de uma coisa eu sei, a fé move montanhas e Ele cuida!

 

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