.:Bacanices.:

Nossa velha infância

Nessa nossa travessia da infância para a vida adulta, vamos nos impondo pequenos e grandes abandonos. Somos autores e nos tornamos vítimas desse doloroso processo que culmina conosco abandonando nossa mais bonita crença: nas infinitas possibilidades. Quando crianças, acreditamos com toda a verdade do nosso coração que é possível ser professora primária e salvar o mundo nas horas vagas, é possível ser bombeiro e conquistar galáxias, tudo nos é possível, inclusive, sermos apenas crianças. E é isso que eu e minhas amigas temos resgatado a essa altura da vida: nossa velha infância! E de tudo o que a gente podia acreditar, temos, dia após dia, escolhido acreditar que é possível ser feliz! Ser feliz hoje, ser feliz agora, não amanhã, não depois, não quando isso ou aquilo acontecer.  Ser feliz numa semana sem graça comprando coletivamente camisetas da Mulher Maravilha para o carnaval. Ser feliz numa noite de sexta-feira quando a gente senta e abre o coração pra alguém capaz de rir e chorar com a gente e ficar orgulhosa da nossa caminhada sabendo que não tem sido fácil. Ser feliz num sábado a tarde quando cai um pé d’água e mesmo assim a gente pega a estrada e brinda a vida. Ser feliz num domingo de manhã  quando nos pegamos rindo boba e felizmente com a conversa do grupo no WhatsApp.

Eu já acreditei que ser feliz era uma fatalidade, coisa do destino ou sorte para os nascidos virados pra lua. Hoje eu sei que ser feliz é uma escolha que só é capaz de fazer quem já experimentou o gosto amargo da tristeza que parecia não ter fim e quem tem a sorte grande de caminhar nessa vida em companhia de pessoas especiais, descompensadas, que não têm medo de se entregarem à vida de corpo e alma. E nessa segundona em que temos uma semana inteira pela frente, te convido a também se permitir a resgatar a sua velha infância e voltar a acreditar, de todo o seu coração, que tudo é possível, inclusive, ser feliz!

 

 

 

 

 

4 comentários em “Nossa velha infância”

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