Sabe, nos últimos tempos estava me achando a madura! Tenho olhado pra vida de um jeito diferente, não sei se melhor ou pior, mas eu acreditava, piamente, que eu estava mais sábia, mais velhaca e mais safa. Tinha comigo a certeza de que não cairia em novas esparrelas com tanta facilidade. Mas eis que, dia após dia, foram chegando a mim algumas situações e notícias e meu queixo foi caindo. Confesso que fui, duramente, golpeada em minha fé na humanidade. Eu não tenho o olhar de Pollyana pra vida que minha amiga Débora tem. Muito pelo contrário, mas costumo acreditar no melhor das pessoas, especialmente das que me são caras. Dessas, eu realmente espero o melhor porque foi assim que se tornaram caras para mim. Não, não espero perfeição! Espero só que possamos sempre fazer o nosso melhor, mas, ingenuamente, desconsiderei que o melhor de algumas pessoas é bem pouco, mas bem pouco mesmo, tão pouco que nem deveria entrar na categoria de melhor. E aí, foi inevitável não sentir o coração apertar. Muito por elas, porque pôxa! Tanta gente bacana fazendo más escolhas. Tanta gente com tanta coisa boa, com tantas qualidades, com tantas oportunidades e escolhendo mal desse tanto e até sem nem se dar conta! (Tá, tô correndo o risco de mais uma vez ser ingênua!) Ah! Como isso me baqueou. E acabei sentindo muito por mim também. Fiquei me sentindo “A TROUXA”! Até quando eu vou seguir acreditando em um melhor que nem parece mesmo existir? Quanto ainda vai ser preciso apanhar para ficar esperta e perceber que talvez o mundo não anda tão bão assim? E que não importa o quanto eu veja coisas bacanas nessas pessoas se elas mesmo não vêem isso e talvez, como já escutei de uma dessas pessoas decepcionantes, elas nunca tiveram todas essas coisas bacanas que eu insisto em enxergar. Mas não! Essa pessoa decepcionante não pode ter razão! Prefiro acreditar que é só um mal momento de péssimas escolhas e de posicionamentos equivocados diante da vida frutos de tristezas, mágoas, decepções…falha de caráter. Infelizmente, é preciso considerar sim que, em algumas situações, é muito mais do que escolha equivocada, é falha de caráter mesmo e aí já não consigo achar desculpa pra isso. É, talvez devesse mesmo parar de achar desculpas. É que, às vezes, a verdade é difícil e triste e doída de aceitar. Afinal, não estamos falando de qualquer um, estamos falando de pessoas teoricamente bacanas do nosso convívio. Ah! Quer saber? Tem uma frase do mestre Caio Fernando Abreu, que pra mim, é uma prece, e em momentos críticos, como esse, repito como um mantra até me convencer a seguir sem esmorecer e hoje compartilho com você e te convido a entoar esse mantra comigo, mesmo sendo ingênuos. Ainda prefiro ser ingênua do que perder por completo a fé nas pessoas. “QUE AS MENTIRAS ALHEIAS NÃO CONFUNDAM A NOSSA VERDADE, QUE AS MENTIRAS ALHEIAS NÃO CONFUNDAM A NOSSA VERDADE, QUE AS MENTIRAS ALHEIAS NÃO CONFUNDAM A NOSSA VERDADE” Que não confundam!