Temos cobrado tanto amor de todo mundo, incluindo essa que vos escreve, mas temos sido amor?
Nos períodos de longa estiagem acreditamos que aquelas chuvas fortes que caem em um volume gigantesco de água, de uma só vez, é que vão resolver o problema. Ledo engano. É aquela chuvinha branda, persistente que cai dia após dia sem cessar que enche os rios e reservatórios. Em períodos de estiagem amorosa só doses brandas de amor, persistentes, acontecendo dia após dia sem cessar é que vão encher o mundo de amor. Não os arroubos, os grandes gestos, as loucuras… Nada disso. O amor miudinho, o amor disfarçado, o amor cotidiano escondido em pequenas gentilezas, em pequenos gestos, em pequenas doses. E quando nos dermos conta, o amor já terá tomado conta de todos de modo tal que ninguém conseguirá fugir , tampouco se resguardar ou se recusar a ser encharcado por ele. Seremos todos contagiados, inundados, transbordados. Seremos o amor que tanto desejamos (e cobramos) ver no mundo. Simplesmente amor…sem favor!