Eu gosto mesmo é de escrever, mas a minha mente é uma tagarela. Se um gênio da lâmpada aparecesse pra mim, um dos desejos seria que ele criasse um botão de liga e desliga pra ela. Se toda essa tagarelice rendesse algo de útil, ótimo, mas a verdade é que, na maior parte do tempo, e bota maior nisso, só rende diálogos insanos, viagens temporais passado e futuro e uma inventividade terrorista de botar qualquer Bin Laden no chinelo. E é claro que nada disso é benéfico nem pra mim nem pra ninguém. Muito pelo contrário. Mas como ganhar essa luta? Em primeiro lugar, não lute! Ai meu Deus! Essa é uma daquelas coisas que a gente ouve de gente sábia, evoluída e centrada e que soa o maior absurdo do universo e a tarefa mais mega blaster master impossível para uma reles mortal extremada como eu. E não lutar passou a ser minha luta diária e é óbvio que não funcionou. E tava ela lá, minha mente tagarela, tagarelando, tagarelando, me fazendo antever um futuro próximo alarmante e me conduzindo a fazer escolhas todas baseadas no medo e o resultado disso? Merdas e mais merdas vida afora.
Mas eis que um dia, acho que comovido com a minha sandice, ou de saco cheio mesmo, o Uni me apresenta a um conceito revolucionário e transformador e libertário e bacanérrimo: o TÁ TUDO BEM! E pra não ter a mais remota chance de eu não compreender isso de cor, o TÁ TUDO BEM veio de todas as formas, saindo da boca de todas as pessoas que me inspiram; faltou só um luminoso gigante na avenida principal da cidade escrito TÁ TUDO BEM piscando em neon. (Aí a mente megalomaníaca se pronunciando!).
O TÁ TUDO BEM é tão simples, que de tão simples parece complicado. O TÁ TUDO BEM talvez seja a melhor tradução pro escolhe de novo, escolhe amor. É como se fosse um antídoto contra o medo que faz a gente ser tão menos do que podemos ser. É diante de tudo dando errado buscarmos no fundo da alma aquela certeza de que nada do que acontece acontece por acaso e que tudo o que acontece é o melhor que pode e deve acontecer no momento. Engana-se quem pensa que é se resignar ou simplesmente ignorar a realidade. Nada disso! Dizer TÁ TUDO BEM e viver isso diariamente é exercitar um novo olhar pra todas as situações da vida, sejam elas boas ou ruins. É exercitar um novo você, capaz de acolher o que antes enchia seu dia de raiva, frustração e negatividade reconhecendo que nem sempre as coisas são como idealmente queríamos, mas que podem ser surpreendentemente melhores, desde que a gente não fique cego de raiva, espumando de ódio e incapaz de nos abrirmos às infinitas possibilidades para milagres.
Sei que, a essa altura do texto, meus amigos mais antigos estão é pensando que não tem nada bem e que a Valéria que eles conhecem foi abduzida por algum alienígena zen e colocou no meu lugar essa versão paz e amor. E TÁ TUDO BEM acharem isso, mas estarão redondamente enganados. Por sorte ainda deu tempo de aprender que dá pra ser mais fácil, mais leve, mais feliz e mais positivo. Ainda deu tempo de aprender que quando a gente está, verdadeiramente, comprometido em ser melhor, todas as ferramentas nos são apresentadas e o Uni, amorosamente, coloca pessoas bacanérrimas e inspiradoras pra nos acompanharem nessas novas escolhas. Por sorte eu encontrei as melhores mentoras, as melhores companheiras de curso, as melhores relembradoras, mas se você ainda não encontrou, liga não, TÁ TUDO BEM e se você quiser mesmo, a sua hora também vai chegar. E TÁ TUDO BEM!
E… Ta tudo bem!!!! Amei!!!!
Obrigada por “bater carteirinha” aqui nos comentários. Não sabe o quanto significa pra mim!