.:Bacanices.:

Tá tudo bem…

Nem todo dia estamos pra risos e pra otimismos. Ontem, como vocês perceberam, foi o meu dia. Um justo dia de transbordamento de pequenas contrariedades que, somadas, viraram uma grande chateação. E tá tudo bem. Humanos que somos, temos lá dias bons, dias ruins, dias mais ou menos e, tenho fé, dias infinitamente melhores. Eu sou mais pra brava, lido mal com contrariedades e emburro. Simples assim. Mas aí fui vendo que isso não ajuda muito e sou cercada por gente meio sem noção como eu, então nos habituamos a, na maioria das vezes, tirar sarro dos nossos perrengues que não foram, não são e nem serão poucos. Adotamos o famoso “Nóis sofre, mas nóis goza” do Zé Simão da Folha, e, em tantas e tantas vezes, nos pegamos rindo, fazendo piada, sacaneando ou sendo sacaneado em momentos que, se formos pensar bem, não é pra nada disso. Mas quem disse que não é? Pra nós é sim. Mas quem disse também que não podemos ficar bravos, tristes, amuados, putos e tantas outras definições do gênero. Claro que podemos, tanto uma coisa quanto outra. Sim, tem dia que é possível fazer graça. Sim, tem dia que só conseguimos ver desgraça. Eu adoro uma frase da Adélia Prado que diz algo assim: “Tem dia que Deus me rouba a poesia, olho uma pedra e só vejo pedra mesmo.” E tá tudo bem um ou outro dia sem poesia. Como escrevo sobre minha vida, é natural que uma ou outra bacanice não seja assim tão bacanuda. Exatamente como a vida. E mesmo nesses dias, é engraçado amigos tão lascados quanto comentando, ou amigos dando fumo, outros se solidarizando e vemos que, na alegria, na tristeza, na braveza e nos dias sem graça, de graça ou desgraça, somos todos um. Eu sou super suscetível a chuva e vocês todos já sabem disso. Então, vários dias sem chover me deixam sem energia vital e costumo brincar e fazer bico e repetir: “Num gosto de chuva, num gosto de chuva, num gosto de chuva.” Ontem a tarde, minha grande amiga Fabi me manda uma foto da linda Gabi, sua filha de apenas 5 meses, aquele pingo de gente,  tão amuada quanto eu com a seguinte legenda: “Num gosto de chuva, num gosto de chuva, num gosto de chuva.” E foi impossível não rir e achar isso uma bacanice pura, aliás, bacanice é marca registrada desse casal de amigos. E assim a gente vai vivendo. E como respondi ao Zé, um amigo que comentou no texto de ontem com um solidário “então, né…”, bora ter fé em dias melhores que, como o sol, virão depois da chuva e com direito a arco íris. E no mais, tá tudo bem não estar tudo bem!

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